Atual
O céu sacode as suas camisas e conta os anos na sua voz
Conta as pedras jogadas no teu peito
E as árvores nos seus sarcófagos torcendo pelas estradas
Pensa na tua carne trêmula
Ouvindo aquela dupla de noites tão diametralmente oposta
Ouvindo as idades da sua idade
Como as flores de ida e volta
A noite parece ouvir o seu céu
Sob a água que aumenta pelo choro do peixe
E todos esperamos com poros abertos
A aparência da beleza nos seus pés de espuma
Entre dois raios de cabeça para baixo.
Vicente Huidobro
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