quarta-feira, 25 de novembro de 2020

Flávio Lopes da Silva e Manuela Carvalho | [As moléculas do sono entraram pela antena do carro]


As moléculas do sono entraram pela antena do carro
E uma andorinha com um ciclista ao peito
Surgiu na espuma do café marca Xis
Van Gogh percebeu a jogada
E imediatamente traduziu a natureza para sete idiomas gestuais
Um idiota, de altos temperos, vinha a passar
e cumprimentou toda a gente num dilúvio caseiro
Por causa disso, um tigre abandonou a escola
E um senhor da bancada evangelizou um mosquito com mostarda.
Moral da história: um peixe de espada à cinta abandonou a história aos cinco meses de tropa
Foi chamado à paternidade de uma baleia civilizada
Com trinta e duas pistolas apontadas ao carrossel
* (enquanto o poeta montou um pássaro no espelho e mergulhou) 

Flávio Lopes da Sila
& Manuela Carvalho (* verso criado pela autora em comentário na publicação do poema no facebook, a completar o poema)

Sem comentários:

Enviar um comentário